Sei que não sou perfeito. Sei que estou bastante longe de
qualquer definição do que seja. Para muitos sou o contrário do que deveria ser.
A sociedade diz-nos para termos um espírito crítico, mas
quando chega o momento da verdade quer que nos calemos.
Aliás, nem meio-termo existe. Se falamos, é porque somos
sinceros… Se nos calamos e omitimos, passamos por mentirosos e aldrabões.
Eu estou cansado, estou triste, farto, estou tudo o que não
interessa. Tudo menos feliz, contente, alegre, risonho, tudo o que é bom.
Não uso palavras “caras” falo como alguém que apenas quer
transmitir um pensamento, uma ideia. Que escrever o que lhe flui no momento,
que não dá uso a recursos de estilo ou pontuação.
Sou desmedido nas palavras que emprego. Falo como se não
houvesse amanhã. Digo o que quero, sem pensar em “consequências”, para quê?
Prefiro que me chamem de antipático a falso e mentiroso.
Eu crítico tudo o que não gosto, fico triste quando vejo
pessoas inocentes sofrerem.
Tenho uma personalidade forte e complicada, que nem sempre
mostra o que sente, mas quando mostra, é pisada e torturada. Depois refugia-se,
vêm as proteções. As emoções desaparecem, levantam-se muros, cercas, barreiras,
escudos.
Ainda espero por alguém que goste de mim verdadeiramente,
que seja capaz de dominar as minhas inseguranças, que me proteja e tome conta
de mim. Da forma que eu cuidaria e a protegeria.
Mas isso não acontecem, usam e abusam deste coração já
vencido e cansado.