Páginas

terça-feira, 31 de julho de 2012

Viajar...


                Adoro viajar, é sempre um experiência inesquecível. Enquanto acordado, não posso dizer que já viajei muito… Mas há-de chegar o dia. O dia no qual terei conhecido os “4 cantos” do globo terrestre, e terei conhecido todas as raças, etnias e religiões. No qual descobrirei o significado da palavra Homem, e poderei dizer que finalmente sou livre. Livre de preconceito e/ou senso comum, de tudo o que me prende à civilização.

                Mas no entanto, a dormir, viajo pelo universo inteiro. Desde planetas inabitáveis com as criaturas mais queridas, com criaturas sobrenaturais até mesmo com aquelas moribundas.
Todas as viagens proporcionam um grande número de descobertas, promovem introspeções, retiram-nos preconceitos, e permitem-nos ver o mundo com outros olhos. Permitem no fundo, crescer, alargar horizontes e acercarmo-nos de tornarmo-nos “Homens”.

                Não vou começar com aqueles textos filosóficos, porque não é assim que vejo o “Mundo”, com toda a sinceridade acho que não existe uma maneira única, e correta de ver o mundo. Mas pelo contrário, acho que cada um deve ver o mundo pelos seus olhos e da melhor maneira que conseguir, ao que muitos chamam “vontade boa”. Sendo agora um pouco egoísta, acho que todos deveriam ver o mundo como eu, mas isso estaria longe de correto.

                Mas regressando novamente ao tema. Viajar através dos sonhos, fez de mim quem sou hoje. Muitos podem ver apenas como meros “Sonhos”, eu vejo como “outro mundo” algo interior, que apenas eu posso visitar, algo que apenas eu posso descobrir. Tudo para mim. Verdade seja dita que adorava poder partilha-lo com outras pessoas, talvez elas conseguissem entender-me melhor. Mas por enquanto isso não é possível. Espero que as minhas viagens nunca terminem porque quando terminarem, estarei morto. Não desejo imortalidade (só para esclarecer esse facto) desejo apenas o poder de viajar até ficar cansado e que por motivo algum deixe de querer conhecer pessoas novas.

                Tal como disse e repito, viajar é das melhores coisas da vida, aproveitem todo o tempo para conhecer e desfrutar novos locais, seres vivos e inanimados.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Oração

"Devemos orar por todos aqueles que estão pior que nós"

Eu não posso dizer que tenho vivido a achar-me um "Coitadinho", claro que como toda a população já tive aquele simples e triste devaneio de olhar para a minha vida, e acha-la a mais dolorosa. Por momentos, hoje inclusive, pensei em querer desaparecer. Fugir, sabe-se lá para onde... Culpar quem me tem feito mal. Entre muitas mais coisas. Errar, é humano. Perdoar é divino!

Com este paragrafo, apelo a todo o ser vivo na terra, para que deixe de ser egocêntrico. É natural errar. Mas ao sermos críticos sobre as nossas atitudes, tornaria-mos o mundo um local melhor. Sem racismo, xenofobia, descriminação, etc...

Claro que tudo isto é bom de ser escrito, de ser lido por alguém. Tudo é óptimo, mas infelizmente, apenas isso não serve. À que tomar acções!

Mas agora regressando realmente ao texto:

 Eu sonho com o dia em que viveremos num planeta tranquilo, no qual todos estão dispostos a dar uma "mão" ao vizinho, a fazer algo altruísta. Sonho com o dia no qual deixaremos de pensar em nós próprios. Caso não saibam, ou nunca tenham pensado.. Todos os dias, pessoas são diagnosticadas com doenças terminais.Estes heróis/heroínas, podem ter anos, meses, dias, ou apenas horas de vida. Agora imaginem, numa situação grave. Uma família monoparental, cujos avós, irmãos, tias, tios... Não existem. O progenitor é identificado com uma doença terminal. Tem dois, três filhos pequenos.. O que será a dor desse Pai, ou Mãe? O  que será dessas crianças? Agora comparem uma situação destas com qualquer um dos vossos problemas... Acham que merecem dizer " a minha vida não presta", temos de nos agarrar à vida, sempre ouvi dizer que são dois míseros dias. Será que vale mesmo a pena chatearmos-nos com as coisas mais pequenas e insignificantes?
Ou será preferível manter a cabeça erguida e superar os obstáculos?
Este pequeno paragrafo, adequa-se mais, ás pessoas religiosas. Eu, sendo cristão, acredito que Ele nos impõe barreiras, porque Ele sabe que as conseguimos ultrapassar.

Acreditem ou não. Eu penso que não tive uma infância fácil, e pode até não ter sido das mais felizes, mas independentemente da vossa opinião. Eu nunca teria desejado outra neste momento. Acho que a experiência de vida é o que nos permite crescer, é o que nos permite sobreviver, e se não fosse como foi, acredito muito sinceramente que não seria como sou hoje.
Claro que não sou a melhor pessoa do mundo, óbvio, mas gosto de deixar que claro que apesar de todos os problemas que possamos encontrar, não existe motivo algum para deixarmos de ser "pessoas" deixar-mos de Amar, ser Amados, de possuir "Princípios"  de obter carácter e formar opiniões sobre os mais diversos temas.

Tive, tenho e provavelmente terei problemas familiares, mas garanto que não é necessário ninguém para dar uma educação. Acho e acredito solenemente que as adversidades nos moldam. Não sou melhor, ou pior que qualquer um de vocês leitores. Como uma amiga me disse hoje "Podemos dar a nossa opinião, mas nunca criticar".

São também, frases simples como estas que nos podem levar a divagar, são palavras proferidas que nos ensinam.

Nada do que ensinam na escola, ajuda a sobreviver. São conhecimentos úteis para a natureza em si. Mas nunca para a natureza humana, aquela natureza furibunda e desagradável que cresce em cada um de nós.

Gostaria apenas de pedir sessenta segundos das vossas vidas para pensarem sobre o assunto. =)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Inspiração $:


                  Tudo começou num ano comum, mais precisamente num Janeiro invulgar. Num dia solarengo e sem vento, cuja temperatura estava acima da média. Encontrámos-nos num sítio peculiar, junto daquele mar manso que simplesmente estava bravo. Ainda recordo com saudade aquele beijo. Aquele que calmou as almas inquietas pela nossa paixão fugaz. O beijo da minha perdição, da minha mágoa e também da minha felicidade.
 
                Mas não guardo apenas o beijo. Guardo todos os nossos momentos, todos os nossos olhares e todas as nossas caricias. Para mim foste, és e serás sempre uma das maiores paixões que alguma vez pensei ter. A nossa história, é sem dúvida uma das mais engraçadas. Mas também uma das mais tristes. Vivemos os nossos momentos picantes, doces, salgados, ebúrneos, mas como todos também momentos escuros.


                Adoro o teu toque, a tua magia, o teu perfume, o cheiro do teu cabelo, dos teus lençóis, o teu olhar taciturno e a tua voz meiga, calma e transparente como a água.
                Tal como Camões nos Lusíadas, tu és a minha tágide, e aqui te invoco. Invoco-te para dizer que não esqueci. Não esqueci a tua maneira de ser, a tua maneira de falar. 

                 Gostava de saber como vais, como tens passado, o que fazes agora da tua vida, e sem dúvida, se arranjas-te alguém que possa fazer-te realmente feliz. Mas escrever isto, e dizer que ainda te quero, não significa que tenha esquecido a tua traição. A tua ação avassaladora e destruidora de meu coração não sairá impune, tenciono esquartejar todas as emoções negativas que tenho para ti.

                 Quero viver uma vida contigo. Quero-te todos os dias ao acordar; sempre que respirar, bocejar, dormir; todos os dias até que o destino lhe ponha um ponto final. Não quero mais que a tua companhia e a tua devoção porque na tua opinião eu não passo de um animal.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sentimento S2


Eu não vou começar a carta com aqueles “Olá” ou “Tudo bem” Acho sinceramente que já não é necessário. É para ti, falamos todos os dias! Cartas, por mera formalidade. 

Conhecemo-nos num sítio bastante improvável, o que até foi bastante querido. Gostei de ti assim que te vi. Tivemos a nossa história que foi muito curta infelizmente. Mas foi preferível assim. 

Foste, és e acho que serás sempre muito querida comigo. Eu sinceramente não sei o que escrever. Ser “querido”, “fofo”, não é propriamente uma característica minha.
Na altura o que tivemos foi simplesmente… Não tenho palavras para o descrever. Simplesmente aconteceu demasiado rápido. Amor à primeira vista? Não sei, talvez. Como já referi tive pena que não tenha dado certo, mas no balanço final, apenas coisas boas! Para começar ficámos muito mais amigos, conhecemo-nos muito melhor.

Sinceramente, acho que o único problema de termos terminado foi o facto de ter-te magoado e partido o coração. E por isso peço-te imensa desculpa, acredita. De certo modo, gostava de poder compensar-te de, mas também não sei o que pensas… Por enquanto.

Estou para aqui a escrever sem rumo ou direção, apenas colocando letra-a-letra o que me sai da cabeça. Espero no mínimo que esteja coeso.

Lembrei-me agora que os nossos horários não eram os mais compatíveis. E isso não ajudou em nada. As vidas não mesmo injustas, mas o que podemos fazer? Nada, simplesmente observar. 
Adorava combater o destino. Abrir asas, e levar-te comigo para bem longe de toda a azáfama da cidade dos alfacinhas. Correr contigo pelos campos Elísios. Mas tudo o que digo, infelizmente, afasta-se cada vez mais da realidade.  Pondo agora os pés em terra firme posso dizer com certeza que até um almoço num restaurante ou um passeio à beira rio era suficiente.

Sou um sonhador incontrolável. A minha imaginação leva-me aos sítios mais remotos. Durante o dia sou capaz de viajar até aos lugares mais inóspitos e conhecer as criaturas mais estranhas. Viver aventuras como nos filmes, e combater monstros como nos pesadelos.
À noite, sonho contigo, sonho com os meus amigos e com a minha família. Sonho com o que vivemos e com o que poderíamos ter tido.

Sou esperançado, vivido, calado; Audaz, sem medo de atirar-me de cabeça; Versátil por habituar-me a qualquer ambiente; Real, por mostrar quem sou?  Sou tudo isto e mais um par de botas. Eu sou tudo, como posso também ser nada. Depende apenas da opinião.
Para quem não sabia o que dizer acho que me safei muito bem. Só mais um bocadinho já era demais, uma carta que era sobre nós, tornou-se um monólogo do qual apenas eu faço parte. E como “desculpa” nunca vem só… Um perdão apenas por tal.

Espero que gostes <3

Uma reflexão hihi :x

   Enfadonho... Acordar cedo, tomar duche, comer, lavar os dentes e sair para a escola. Tudo isto e talvez algo mais pela manhã ao acordar. Um pouco cansativo não acham?
   Tudo cronometrado... Escolher a roupa, o que comer, são escolhas previamente definidas. Segundas, terças e sextas, cereais. Quartas e quintas um pequeno-almoço mais elaborado.
   A vida... Cheia de atropelos, de amigos, inimigos, toda a espécie de escumalha e repleta de problemas.
   Esta monotonia não me levará a nada. Contextualizar o que não pode ser contextualizado a nada me levará. Mas então, porque escrevo? Porque continuo a acreditar que este texto mudará alguma coisa? Eu digo-vos. Escrever, faz-nos reflectir. Por vezes, até demais. Permite-nos pensar que questões anteriormente corretas se tornem erradas.
   Sentimentos, como podem ser dolorosos. Mas também podem fazer-nos sentir felicidade. Mas qual a diferença entre felicidade e infelicidade? Será que existe alguma receita para ser-mos totalmente felizes? A meu parecer, não. Com o correr dos dias tudo parece mais amargo, mais doloroso e cada vez menos suportável.

   Dias que começam com um bom humor matinal, tornam-se em horas de dissabores.
   A complexidade do ser humano, torna cada vez mais dificil a sua compreenção.
   Tanto divaguei para agora compreender que tudo o que escrevi mostra o quanto cresci. A nossa complexidade não passa de uma ilusão, transparentes como a água é o que eu digo.
   Podemos transbordar qualquer emoção sem nunca saber como realmente aconteceu.
   A adolescência, a fase da vida em que me encontro, leva-me a lugares que nunca pensei encontrar. Tão difícil de dizer e sem saber como explicar, quero gritar ao mundo o que sinto. Quero gritar ao mundo o mais alto que a minha voz alcance. Mostar o que sinto sem ter medo das consequências.
  E com isto quase uma folha e ainda não me calei. É triste o tão pouco que tenho para dizer. Mas talvez não seja o que dizer, mas talvez seja a minha expressividade. Nesse aspecto sou muito mau. Queria apenas um "amo-te" retribuído. Asseguro-vos que faria de mim o homem ou rapaz, como queiram chamar-me, mais feliz deste mundo.

  Depois de escrita esta reflexão, está na hora de eu partir. Aqui deixo os meus pensamentos, para que alguém veja o mundo pelos meus olhos. Portanto, este será o ponto final do texto, mas não da minha vida.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Carta ao pai

Carta ao pai:

    Dezanove de  Março, um dia que ficará marcado para sempre na minha memória. Todos os anos eram dias tristes. Trabalhar em prendas para no fim terminarem no lixo.
    Nunca estiveste presente... Mas esta culpa não é só tua. Abandonaste-me, mas suponho que estava escrito assim. Filho de vós, gente da classe média, numa me faltaram bens materiais. Mas nem a minha "mãe", aquela que me trouxe ao mundo me deu amor. Amor de mãe, um amor incondicional, um amor cego, o tal sentimento que me ajudaria a ultrapassar todos e quaisquer obstáculos.
    Dizendo que pais são quem "cria", considero-me órfão. Conheci a amargura, a tristeza e a solidão. Cresci sozinho, tornei-me autónomo e independente. Amadureci e cresci rapidamente e a criança que devia ter sido outrora não existiu.
    Em tempos, nos que a maturidade era pouca, odiei-vos, admito. Não que me orgulhe dessa atitude. Mas agora mais maduro, agradeço-vos do fundo do coração. Toda a vossa indiferença fez de mim quem sou hoje. Um ser humano respeitado mas também um inocente que sofreu à mão de dois seres magoados pela infância árdua.
    Mas no topo de todas as magoas, vem o perdão. Tal como vocês, errei, não possuindo valores nem moral para julgar. O que me resta, então, perdoar? Odiar-vos talvez, mas não é solução. Para vidas amarguradas já bastam as vossas, para além de não querer ser mais um. Um dos que sucumbiu à tristeza da vida.