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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Distância

Vais e vens… Repetes infinitamente os teus erros, perpetuando-os. Vais e vens precoce, lenta e infindavelmente. Vais quando realmente acredito que ficas. No entanto, partes quando menos espero, terminando o sonho.
Sempre que regressas já crescem em mim um nojo cultivado, um ódio exasperante e uma melancolia tremenda.
Custa-me odiar-te, porque acredito que a culpa seja minha… Pergunto-me: Porque sais? Inoportunamente, consegues ser tão fugaz. Não sinto a saída, tornas-te um pequeno vulto.
Para ser sincero, prefiro-te longe do que perto, pesa-me menos a consciência e menos o coração, a memória. Vive-se melhor, a sério!
No entanto, por enquanto, devias estar presente, eu pretendia ajudar-te. Mas tu também preferes a solidão, ou pelo menos é melhor que a minha companhia.
Por vezes, tento incluir-te na minha vida, para quê? Já percebi que não vales o esforço. Vou desistir, da forma que já desisti dela. Da forma que desisti de amar.
Para não sofrer, desisti de sentir. É mais simples, viver sem emoções… Sem sofrimento, mas também sem alegria, felicidade, e tudo o que as emoções têm de bom.
É tudo uma questão de escolha… No entanto, obrigaram-me a isto, indiretamente.
Tenho sono de ser. Cansaço de existir. Uma abolia de viver.

Eu não morro, mas vivo penosamente, como um mártir.

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