Páginas

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Aniversário

  A ideia inicial do blog era ajudar outras pessoas que se sentissem como eu. No entanto, transformou-se num monte de queixumes repletos de metáforas onde a história não passa de um acontecimento e as personagens de emoções. Tudo isto antes de sequer o tornar público. Ao princípio, começou realmente como um diário.. infelizmente, não resultou. Por mais drama que tenha na minha vida, não estava disposto a torná-lo público e como tal, não sabia o que escrever.
  Estranhamente, nos últimos dias, sinto novamente uma ânsia no que toca à escrita, como se uma chama se reacendesse. A qualquer lado que vá, tenho vontade de descrever e observar, tomar notas e guardar algo como uma experiência. Contudo, depois de pensar um bocado, e por pouco que vocês saibam, estou exactamente na mesma situação em que estava no ano passado.
  Faz pouco mais de um ano que iniciei o projecto. E sem sentido textual aparente, apenas quero dizer que a ânsia de escrever vem nestes exactos momentos. Os momentos que mais detesto e que menos quero recordar. Mas por menos que os queira recordar, acabam sendo " musas " são a minha inspiração, ou apenas a minha exteriorização dos medos. Sim um pouco nostálgico.
  No entanto, fico feliz enquanto escrevo, como se partilhasse um pouco de mim.
  Por vezes, lágrimas transformam-se em palavras. Palavras em frases e frases em textos. Textos que enquanto são escritos secam as lágrimas e formam um sorriso. Sei que é um pouco estranho, mas quanto mais dor, mais imaginação, como se fosse uma fuga. Um bocado masoquista, eu sei.

  Apesar do blog ser mais activo durante as férias, não é por ter tempo livre e nada que fazer. Simplesmente porque me sinto só e um pouco mais deslocado do que é normal. Talvez como qualquer outro adolescente que passa aquelas crises idiotas que vêm com a idade.

  Fiquei feliz por saber que no ano que decorreu, conheci algumas pessoas que fizeram o mesmo que eu e que de certa forma, têm a mesma motivação.
  Ouvi dizer uma vez, que os grandes escritores - não que me considere um, muito longe disso, acreditando ou não, eu duvido seriamente das minhas capacidades de escrita - são os que conseguem escrever o seu medo.
  Eu nunca consegui escrever o meu maior medo, não por gozarem - também não tenho quem leia o blog frequentemente - mas pelo facto de ser reservado. Existem certas coisas que não devem ser partilhadas, na minha opinião.

  Eu só espero que este ano consiga finalmente transmitir o que quero, sem medos. Crescer um pouco mais enquanto pessoa. Consciencializar-me um pouco mais sobre o que me rodeia, aprender coisas novas.
  Eu já não sei, é tanta coisa a fluir-me ao mesmo tempo.. Por vezes pensar demais faz-me doer o cérebro..

  Mas pronto. Dito e escrito. E terminamos assim...

Sem comentários:

Enviar um comentário