É engraçado dizer que avançamos mas quando realmente paramos
vemos que não saímos do mesmo sítio. Circulamos no mesmo ponto, vezes e vezes
sem conta. Quando pensamos que já estamos livres, estamos presos novamente.
Hoje, guardo um caderno do que já se passou. Não é um
diário. São memórias. Memórias dolorosas de um passado presente, passado esse
que deveria estar longínquo.
Memórias tristes que marcam uma vida pela tristeza e
amargura. Feridas que nunca chegaram a curar. Feridas abertas que doem. Feridas
que magoam. São passado que não mata mais moí. É passado que ensina. Passado
presente.
Choro, apenas choro. Quero chorar mas as lágrimas já foram todas.
Sinto-me fraco, mais uma vez. Magoado.
Eu já não sei o que sinto, só quero ficar, não mover.
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