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sábado, 20 de outubro de 2012

In the middle :'(

Por vezes apenas querermos chorar, desaparecer, provavelmente fugir, obviamente quando tal acontece, nada se realiza, o corpo fica trémulo, sem saber o que dizer ou fazer, agindo conforme a situação, nem sempre tomando as melhores decisões.
Ouve-se o que não quer, diz-se o que corre na mente, o que percorreu o coração, por vezes raiva, outras ódio, algumas amor.
Algures neste plano, encontro-me no meio, sinto a divisão de cada partícula que me constitui,. A alma torturada grita com o sofrimento e a dor.
O equilíbrio não existe quando três controlam um mundo. A divisão por partes iguais resulta numa ilusão. Se por Reis o mundo for governado, um dos três morrerá. A estrutura desse universo não permite a sua existência.
Mas o que acontece realmente ao terceiro Rei? Cai no esquecimento, ou opta por um dos irmãos. Contudo, tem esperanças de sobreviver, reestabelecer o equilíbrio que nunca será possível.
Os três têm "mão" na origem da estabilidade do universo sobre o qual falo. O que começou com um, rapidamente chegou aos 3, cresceu sem limites aparentes. No entanto, tudo tende para o caos, deste modo acabou por ruir, Apocalipsou.
Reestabelecer o equilíbrio, jamais será possível. Soluções? certamente existem. São as mais corretas?depende do ponto de vista de cada um.
Vivo num mundo semelhante, com pessoas diferentes, sinto-me uma versão de Romeu e Julieta. Sem casa, inseguro, mas com certezas. Talvez de uma perspectivas melhor, um sedentário que tornou-se nómada, um animal que migra com a estação do ano.
Não quero escolher, prefiro ser esquecido, deixado para trás. Não abandono amigos, muito menos irmãos, não faço distinções. Quero acrescentar apenas que a confiança perdida nunca é recuperada. O ser humano sabe perdoar, mas não esquecer.
Viver é algo que permite seguir em frente, permite avançar, continuar. A força de viver, é extraordinária.
Não vou pedir a "reunião", não vivo sem a sinceridade, portanto não sonharei com o impossível, não viverei uma ilusão, enfrentarei a dolorosa realidade.
Peço liberdade. Quero a liberdade deste fardo que é a divisão, não sinto culpa ou remorsos? Sinceramente, nego a consciência pesada, neste momento desconheço-me, apesar de poder afirmar veementemente que tenho dito o que penso, tenho sido honesto.
Será que continuará igual? Começo a duvidar... Quero apenas a amizade ainda mais forte que anteriormente, a simples e ao mesmo tempo complexa que existia.
Aconteça o que Ele quiser, digo que não lutarei pelo que estiver perdido. Se perdeu o rumo, foi porque nunca chegou a existir. Sofrerei, mas aprenderei a viver.
Como palavras finais, quero relembrar que em Portugal, as palavras não terminam com um fim, a amizade verdadeira não é algo efémero, esta não tem fim.

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