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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

“Perdi-me dentro de mim”

Perdi-me dentro de mim.
Porque eu não era eu,
E em mim não podia encontrar-me.
Vagueio lentamente pelos estilhaços,
Embaciados e abandonados.
Sujos e disformes,
Que refletem uma alma perdida.

E assim calma flui a alma.
É com tamanho espanto que a encontro,
Triste e achada.

Rapidamente, uma nova energia brota em mim,
Já alguma vez me senti assim?
Será vontade, mito ou simplesmente desassossego?
Finalmente encontrar
O que tantos procuraram
E nenhum conseguiu achar!

                                               Gonçalo Fonseca 

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